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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Que idiomas ensinar?

Ninguém questiona mais a importância e as vantagens de aprender um segundo (e terceiro, quarto, quinto..)idiomas no mundo atual. Quando nossas crianças chegarem ao mercado e trabalho, o inglês fluente terá deixado de ser uma vantagem para ser um pré-requisito. Mas, se a criança já está aprendendo inglês, que outro idioma ensinar? As opções são muitas e há vantagens e desvantagens de cada um, deixando os pais em uma cilada.
Alguns pensam que o natural seria estimular o ensino do espanhol, por ser mais fácil e pela proximidade do Brasil com outros países de língua espanhola. Outros acham que, justamente pela facilidade que os brasileiros têm na aquisição dessa língua, o aprendizado poderia ser deixado para mais tarde.
Alguns acham legal ensinar francês, enquanto outros argumentam que é uma língua em decadência em termos d importância mundial.
E o mandarim? Alguns acham que é muito dífícil para uma criança. Outros acham que, justamente por ser difícil, tem que ser aprendido na infância. Alguns poucos ainda argumentam que não é necessário falar mandarim porque na china todos falam inglês.
E por aí vai... eu mesma sempre tive essa dúvida. Minha filha estuda em escola internacional e já tem o inglês fluente. Ela adora línguas e já me pediu para fazer aula de espanhol, de mandarim, de japonês, etc. Só que é simplesmente impossível arrumar tempo para escola semi-integral, natação, kumon e diversão. Já vi que teremos que optar, no momento, por apenas mais uma língua. Mas qual?
Encontrei essa resposta nas minhas pesquisas sobre educação. No meio de uma reportagem sobre as universidades asiáticas, havia uma lista dos idiomas mais valorizados pelos maiores empregadores mundiais.
Além do inglês (isto já está fora de discussão), os idiomas mais valorizados, nessa ordem, são:
1- Mandarim
2- Francês
3- Espanhol
4- Alemão
5- Japonês
6 - Árabe
7 - Italiano
8 - Russo
9 - Português


Para quem quiser conferir, Aqui está o link para a reportagem:
http://www.nytimes.com/2012/10/25/world/asia/asian-schools-jump-in-rank.html?ref=internationaleducation&_r=1&

Gente...é claro que é preciso levar em consideração aspectos práticos. Se você tem um parente próximo que é fluente em Italiano ou Russo, vale a pena pedir que a pessoa converse com seu filho nesse idioma. Se em sua cidade não existe uma escola ou professor de Mandarim, vale a pena colocar seu filho em uma aula de francês. Mas se você tem duas opções mais ou menos semelhantes e não pode optar por ambas, acho que a lista ajuda a decidir.

E como ensinar um segundo idioma?
Não tenho dúvidas de que a melhor forma é a imersão, se possível com um falante nativo daquela língua. Crianças que falam um idioma com cada um dos pais e um terceiro idioma na escola são acapazes de aprender naturalmente os três. Infelizmente, nem sempre isso é possível. Nesse caso, temos a opção de escolas internacionais, escolas bilíngues, aulas particulares ou em pequenos grupos, além dos cursos de idiomas. Aprendizado on line ou através de vídeos se mostra pouco eficiente para crianças, pois elas precisam de interação para aprender. Por outro lado, se você aprende junto com seu filho e interage com ele enquanto assiste os vídeos, podem ser uma ferramenta útil.
Não tenho uma boa experiência com a alfabetização simultânea em português e inglês com o método de palavras inteiras. Quando comecei com minha filha, eu apresentava português com letras vermelhas e inglês em letras verdes. Ela aprendeu todas as palavras corretamente e antes de 2 anos já lia frases inteiras em inglês, mas um dia viu a palavra "night" e falou: como se lesse em português: "mamãe...ni...ni oquê?" Nessa época ela começando a dominar a leitura fonética de palavras que não conhecia em português e percebi que ensinar em inglês poderia atrasar o domínio dessa língua. Parei tudo e só com 3 anos e meio, quando ela já lia e escrevia fluentemente em português, voltei a apresentar livros em inglês. Aí ela aprendeu praticamente sozinha. O som da maioria das consoantes é igual. Tudo que tive que fazer foi mostrar algumas diferenças (dizia, por exemplo: em inglês, ph tem som de f e o h tem som de r). Muitas regras ela conseguiu perceber sozinha e antes dos 4 anos lia livros simples também em inglês.
Realmente não sei dizer o que teria acontecido se tivesse insistido no aprendizado das duas línguas simultaneamente. Podia até ser que tivesse dado certo, mas preferi não arriscar. No início, não é tão simples para a criança associar o que está escrito a determinado som. Se ela tiver que associar as mesmas letras a dois sons diferentes acho que pode atrapalhar essa "automatização" da leitura.

Bom...por hoje é só! Até amanhã!

Um comentário:

  1. Italiano em 7º, que pena rs
    Vou me lembrar disso qd chegar a hora de escolher o 3º idioma rs.

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